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O cuspe contra a intolerância e a falta de democracia do grupo FALA EUNÁPOLIS


Meus amigos, circula na internet um vídeo com minha imagem postado por um grupo chamado FALA EUNÁPOLIS. Eles editaram e suprimiram as cenas em que fui agredida verbalmente, enquanto cobria uma sessão da Câmara de Vereadores de Eunápolis nesta quinta-feira, 1º de dezembro. Fui xingada, humilhada, apontada, caluniada com palavras ofensivas e hostilizada por manifestantes exaltados. Fui exposta ao escárnio público enquanto exercia a minha profissão, produzindo notícias para a sociedade, único fim do meu trabalho jornalístico.



Felizmente, não houve agressão física devido à presença da Polícia Militar, que intimidou a ação desses manifestantes, com caras pintadas. Fui chamada, gratuitamente de “safada, vendida, vagabunda e me acusaram de constar na folha da Prefeitura de Eunápolis como funcionária fantasma”. Meus detratores fecharam um círculo, como um circo dos horrores, em torno de mim, investida apenas da minha honra e dignidade profissional. Foi contra isso que se insurgiram.


Todas as imagens desta quinta-feira podem provar que eu me comportei, como sempre, com isenção e profissionalismo. Obviamente, devido à vergonhosa exposição à que fui submetida eu reagi às agressões sofridas injustamente, cuspindo no chão para demonstrar, apenas a este pequeno grupo, a minha indignação com o cerceamento do meu trabalho de imprensa para o Radar 64. Imagens do cinegrafista do Radar 64 mostram o momento em que manifestantes fazem um círculo em torno da jornalista depois de me identificarem segurando, na mão, o microfone do órgão de imprensa que eu representava. Eles também agrediram o site de notícias e toda a imprensa local com calúnias e difamações.



Eu admito que cuspi, sim. No chão. E não na população como esses manifestantes estão dizendo. As imagens provam. Eu cuspi em tudo que é nefasto neste país. Cuspi na falta de democracia. Cuspi na agressão gratuita a um jornalista realizando seu trabalho honestamente. Cuspi na intolerância. Na incapacidade de ouvir o contraditório. Essas pessoas que eu identifiquei ali como meus agressores são os mesmos que estão em redes sociais pedindo intervenção militar, pedindo o fim das cotas para negros e declarando discurso de homofobia. Eu cuspi, sim, na injustiça, na falta de conhecimento, no julgamento prematuro do qual este grupo, infelizmente, virou símbolo em Eunápolis.



O mais curioso é que, justamente, as reportagens feitas por mim e pelo Radar 64 sempre foram contra o aumento dos salários, desde o primeiro momento. Para além disso, em toda a minha vida profissional, considero que sempre pratiquei um jornalismo considerado ético, inclusive com amplo espaço para pautas sociais.

Finalmente, quero comunicar que já estou tomando as devidas providências legais e cabíveis contra as agressões formais e o uso indevido da minha imagem em rede social sem que me permitam o contraditório. Para concluir, reafirmo minha crença na democracia, no debate e na carreira que escolhi para professar minha paixão pela transparência, pelo conhecimento, pela democracia e pelos seres humanos, companheiros de jornada.


Rose Marie Galvão, Jornalista.
 Gabriela Caldas Record T V Cabrália                        
 Junior Leite, blog Fio da Meada                        
 Geraldo Alves, Bahia 40 graus                        
 Barbara Martau, jornalista                        
Bebel Magalhães, site Vitrine da Costa                        
 Júnior Leite, Fio da Meada/Rádio Porto Brasil FM                        
Leonardo Dantas - Câmara Municipal Porto Seguro
Hugo Santos - radar 64
J. Gois - Repórter Fotográfico
Joelson Angelo-Obaianao
 Tássio Loureiro do Via 41
Barbara Martau, Opovonews
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