div>

Animais silvestres apreendidos em operações policiais são soltos em reserva particular



Quatorze animais silvestres apreendidos em operações policiais foram soltos, no inicío deste mês, em uma reserva particular localizada entre as cidades de Entrei Rios e Itanagra, no litoral norte da Bahia. Antes de serem devolvidos à natureza, os bichinhos foram tratados no Centro Estadual de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) de Salvador.

Ao todo, foram soltos na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Lontra, cinco jiboias, duas jararacas, um veado-catingueiro, uma iguana, uma cobra d’água, três ouriços pretos e um ouriço caixeiro.



Certificada como Área de Soltura de Animais Silvestres (Asas), a RPPN Lontra acolheu em 2020 140 animais silvestres, entre aves, mamíferos e répteis reabilitados no Cetas de Salvador. A área ambiental é a maior RPPN do Litoral Norte e Agreste baiano, com 1.377 hectares.

Igor Macedo, especialista em Meio Ambiente da Bracell, proprietária da RPPN Lontra, informa que, técnicos do Inema solicitam permissão para soltar animais no local, em média, uma vez por mês. “A razão pela escolha da reserva, para a reinserção de alguns animais, deve-se à extensão de sua área, que é equivalente a 1.377 campos de futebol, ao seu estágio de conservação e à proteção”, explica.

Entre as espécies recebidas na reserva estão carcarás, sariguês-de-orelha-preta, tamanduás-mirins, ouriços-caixeiros, canários, corujas, teiús e diversas serpentes, como jiboias, jararacas, cascavéis e sucuri. A reintegração leva em conta aspectos como a adequação do animal ao ecossistema e o equilíbrio entre as espécies já existentes. Atualmente, a Lontra tem 216 espécies de aves, 62 de anfíbios e lagartos, 15 de serpentes e 25 de mamíferos.

A RPPN Lontra foi reconhecida, em 2019, como Posto Avançado da Reserva de Biosfera da Mata Atlântica pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Com isso, a reserva se tornou uma das áreas naturais mais importantes do mundo para pesquisa, experimentação e promoção da conservação e desenvolvimento sustentável regional.

O local também é uma importante fonte de dados para pesquisas científicas da fauna e flora silvestres, já tendo sido identificadas no local 30 espécies de animais ameaçadas de extinção, como o sapinho-foguete (Allobates olfersioides); a surucucu pico-de-jaca (Lachesis muta), que é a maior serpente peçonhenta das Américas; e o guigó-de-coimbra-fil (Callicebus coimbrai), além de plantas raras, a exemplo da palmeira-juçara (Euterpe edulis).

Por G1
Tecnologia do Blogger.