Greve de 24h paralisa balsas entre Porto Seguro e Arraial d’Ajuda nesta sexta




Paralisação de advertência afeta moradores e turistas no início da alta temporada; apenas veículos de emergência têm travessia garantida.

Por Redação 26 de dezembro de 2025

A travessia de balsas entre a sede de Porto Seguro e o distrito de Arraial d’Ajuda amanheceu paralisada nesta sexta-feira (26). Trabalhadores das empresas Rionave e Rio Buranhém iniciaram uma greve de advertência às 6h, com duração prevista de 24 horas. Durante o período da paralisação, o serviço está restrito exclusivamente à travessia de veículos de emergência. Moradores, turistas e demais motoristas que necessitam se deslocar entre o Litoral Sul e o centro da cidade devem utilizar a rota alternativa pelas estradas (via BR-367 e BA-001).

A previsão é que o funcionamento normal das balsas seja retomado na manhã deste sábado (27), a partir das 6h.
Impasse nas negociações salariais

O movimento grevista foi convocado pelo Sindicato Nacional dos Marinheiros de Máquinas em Transportes Marítimos e Fluviais e pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Transporte Aquaviários e Afins. A categoria rejeitou a contraproposta das empresas durante uma assembleia-geral realizada no último dia 20 de dezembro. O ponto central do conflito é a negociação do Acordo Coletivo de Trabalho 2025/2027. Os trabalhadores reivindicam um reajuste significativo no piso salarial:Mestre Aquaviário: Reivindicação de R$ 5.500,00 (O piso atual gira em torno de R$ 4.209,00).
Marinheiro: Reivindicação de R$ 3.300,00 (O piso atual é de aproximadamente R$ 2.336,00).

Segundo as empresas, essas exigências representam aumentos entre 30% e 40%, valores considerados “muito superiores ao observado em acordos coletivos recentes” de outras categorias.
O que dizem as empresas

Em nota oficial, as concessionárias Rionave e Rio Buranhém criticaram o momento da greve, destacando que a interrupção ocorre justamente no início da alta temporada, prejudicando a mobilidade urbana, o turismo e a economia local. As empresas afirmam que apresentaram uma proposta de reajuste total de 8,46% (composta pela aplicação integral do INPC de 4,46% mais um ganho real de 4%). “As empresas apresentaram proposta de reajuste salarial […] significativamente superior à média nacional e regional praticada nos acordos coletivos recentes”, diz trecho da nota.

As concessionárias informaram ainda que permanecem abertas ao diálogo para buscar um acordo definitivo com a categoria.



Por Belmontenews
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