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“Imprensa maldita”; Vereador renuncia ao papel de fiscalizar e quer que imprensa renuncie ao de denunciar



Num pronunciamento inflamado e escandalosamente em defesa da administração Cláudia Oliveira, o vereador Geraldo Contador (PHS), atacou na sessão desta quinta-feira, 14/03, de forma desequilibrada, a imprensa escrita e falada, rotulando-a de imprensa maldita.

Ainda em seu infeliz e perturbado discurso, o vereador disse ter pena dos profissionais da mídia, que precisam mentir nos veículos de comunicação pra levarem seu pão de cada dia.

Todo esse despautério do vereador deu-se em função das críticas proferidas pela imprensa por ter a Câmara aprovado, quase por unanimidade (16X1), as contas rejeitadas pelo TCM (Tribunal de Contas dos Municípios) de uma prefeita indiciada pelo MPF e investigada pela PF, por desvios e irregularidades há muito praticadas pela gestão da prefeita “fraterna” Cláudia Oliveira.

A grande maioria dos vereadores defendeu e elogiou, sem cerimônias, as ações da prefeita. Citaram as obras em andamento, o sucesso do carnaval e as promessas de intervenção em diversos bairros e distritos do município.

O que chama a atenção é que nenhum “edil” se refere aos custos desses eventos. É como se isso fosse secundário. O que nos remete àquele velho governador do Estado de São Paulo de quem se dizia: “rouba, mas faz”.

Os vereadores parecem, propositalmente, se esquecerem de que foram eleitos para legislar e, principalmente, fiscalizar o executivo. Se limitar a mendigar, através de requerimentos e indicações, benefício aos seus redutos eleitorais é se apequenar da sua importância; é renunciar ao papel de fiscalizar para o qual foram eleitos.

A prefeita não está fazendo nenhum favor a ninguém quando realiza obras, eventos culturais etc. Nada mais que sua obrigação. Agradecer pelo atendimento de suas reivindicações, ainda é compreensível, entretanto, bajular, enaltecer é um comportamento repugnante para quem deveria está preocupado com os custos dessas realizações e pra onde estão sendo desviados os excedentes.

As obras de pavimentação na cidade estão todas sendo realizadas, de acordo placas afixadas nos locais, com recurso próprio. Aparentemente, uma alocação apropriada de recursos e um grande esforço da administração para beneficiar a população. Tudo enganação! Todos sabem, só a Câmara não, que o serviço está sendo realizado com maquinários e matéria prima do prefeito “fraterno”, e marido da prefeita, Robério Oliveira. Por ser com recursos próprios, a prestação de contas é facilitada e feita aqui mesmo no município. Os quantitativos e a qualidade do material utilizado nas pavimentações não são testados nem fiscalizados. Uma ideia genial pra quem enxerga os recursos públicos de forma gananciosa e espúria.

Tudo isso à luz do dia e nas “barbas” dos vereadores. Substituíram o papel de legislar e fiscalizar para ganharem seu pão, pelo de bajular pra ganharem uma padaria. O pronunciamento do líder do governo, Dilmo Santiago, deixou bem claro isso: “Votamos politicamente, pela aprovação das contas de uma prefeita que foi reeleita pelo povo. Seguimos a vontade popular”.

Quanta hipocrisia. Quanta ausência de critérios e de clareza. Quer dizer que se a prefeita não fosse reeleita as contas seriam reprovadas?

O que tem a ver a reeleição da prefeita com a ilegalidade no manuseio dos recursos públicos demonstrado pelos técnicos e especialistas do TCM?

Uma colocação, como sempre, ridícula e exacerbada da liderança do governo, em defesa da gestão investigada da prefeita Cláudia Oliveira.

por: jojonoticias
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