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Turista alega discriminação em cabana de praia em Arraial d’Ajuda



As férias sempre são momentos de alegria para quem está em viagem. Mas um fato fez com que estes momentos de descanso deixassem uma sensação ruim ao advogado e executivo de contas Irenildo Gonçalves Viana do Bomfim, que denunciou ter sofrido racismo, no dia 4 de agosto, em uma cabana de praia, em Arraial d’Ajuda.

Segundo Irenildo, ele esteve durante toda a tarde no local e, ao entrar em seu veículo que estava dentro do estacionamento uma mulher, que disse ser proprietária do local o abordou com ofensas. “Ela já iniciou dizendo: ‘a gente atende todo mundo tão bem e vem esse tipo de gente fazer isso!’ – fazendo menção de que eu estaria levando bebidas para dentro do estabelecimento. Após as acusações falsas, e depois de confirmar que eu estava de fato com conta aberta na cabana, determinou que eu fechasse e fosse embora. Expliquei que eram inverdades, mas que ela poderia ver as câmeras pois nada do que estava me acusando existia”, declarou.

Mais acusações

O advogado ainda informou que a mulher ainda fez nova acusação de que Irenildo teria tentado tocar nela e que pelas câmeras poderia ver tudo o que havia acontecido. “Fui fechar a conta e fiquei na entrada do local – por me sentir constrangido -, aguardando um amigo também advogado que me acompanhava, que inclusive achou que era brincadeira por tamanho absurdo”, revelou.

A mulher ainda chamou um funcionário dizendo, segundo o advogado, que ‘esses caras de hoje em dia não respeitam mais mulher’. “Claramente só tinha uma proposta, me retirar do estabelecimento, mesmo sem que houvesse dado qualquer motivo. Meu amigo foi ver as imagens da câmera e confirmou tudo que eu estava falando e não havia nenhuma violação às normas do estabelecimento. Ao contrário, eu fui abordado dentro do meu carro, caluniado, difamado, acusado e expulso do estabelecimento sem qualquer conduta que desse causa”, relatou.

Irenildo ainda informou que pediu a nota fiscal do consumo e a funcionária disse que só a gerente poderia emitir. Ao pedir para comprar uma água, a funcionária recusou, dizendo que se quisesse, poderia dar a ele, mas a proprietária havia ordenado para não o servir mais.

Diante da situação, Irenildo ligou para a PM, onde foi orientado a registar um boletim de ocorrência, caso alguém estivesse se sentido ofendido e que não poderia conduzir ninguém pois não houve agressão física.

“Fiz um boletim de ocorrência na Delegacia do Turista. Ao chegar na delegacia, narrar os fatos parecia uma das tarefas mais difíceis que já tive na vida, pois o abalo emocional e a sensação de impotência é muito grande. Foi uma sensação humilhante, constrangedora e de impotência. Ainda mais sendo a agressora uma negra. Como advogado é meu dever legal garantir a justiça. Além do processo criminal, cível e de consumidor. Pretendo solicitar auditoria fiscal e tributária para o estabelecimento”, declarou.

BO

Segundo a Deltur, onde foi registrado o Boletim de Ocorrência, a Cabana ainda não foi chamada para prestar esclarecimentos.

Procurada a Cabana não quis se manifestar sobre o assunto.


Por: Jornaldosol
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