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Dona de barraca denuncia ter sido agredida por inquilino após ela cobrar aluguéis atrasados


Uma mulher denunciou ter sido agredida por um homem que aluga uma barraca de propriedade dela, no bairro de Stella Maris, em Salvador. Ela teve parte do cabelo arrancado. Segundo a estudante de direito Indi Nascimento, ela foi até o local cobrar a entrega das chaves do estabelecimento, porque os pagamentos do aluguel estão atrasados desde de abril.

Indi contou que alugou o comércio para Robson José Cardoso de Souza. Antes de encontrá-lo pessoalmente, na última quinta-feira (6), Indi tentou o contato por telefone várias vezes, mas não teve sucesso.

"Ele falou assim: 'Você vai sair daqui de qualquer jeito', e começou a bater a porta na minha cabeça. Ele tava bebendo cerveja. Me enforcou... Quando o pessoal tentou puxar ele para sair de cima de mim, ele saiu me arrastando pelo cabelo. Liguei no 190 pedindo socorro. Ele me empurrou e começou a baixar a porta. Eu falei: 'Você não vai me prender aqui'", relatou a estudante.

A reportagem conseguiu falar com Robson e, por telefone, e ele negou que tenha agredido Indi. Ele disse que está com dificuldades para pagar o aluguel.

Após a agressão, a estudante registrou um boletim de ocorrência e fez exame de corpo de delito. Ela foi atendida em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), porque estava com dores de cabeça.

Ela contou que o contrato se encerra no fim do setembro. Além de não ter recebido as chaves, Indi descobriu que fechaduras e cadeados da barraca foram mudados e, ainda, que mesas, cadeiras e até o freezer foram levados pelo inquilino.

Morando sozinha em Salvador, já que a família dela é de Feira de Santana, Indi explica que o dinheiro da barraca serve para pagar o aluguel de um quarto e sala onde mora, e também a faculdade. Para a estudante, pior do que os problemas financeiros por conta dos atrasos no pagamento, é a sensação de impunidade.

"Ninguém fez nada. A polícia não conduziu ele. Eu cheguei na delegacia, e também a conversa que foi conduzida era que era minha palavra contra dele, mesmo tendo testemunha, com um monte de cabelo na mão. Mesmo com todas as evidências, ele foi colocado em posição privilegiada", comentou Indi.

"É sempre essa sensação de que ninguém acredita em você, de que a culpa é sempre sua. E agora tenho que tomar remédio todo dia para poder estar conseguindo dormir. Roí todas as minhas unhas", contou Indi.

A Polícia Civil informou que foi instaurado um Termo Circunstancial de Ocorrência (TCO). O caso será encaminhado para o juizado especial criminal, e o homem deve responder por lesão corporal leve.

Por G1
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